Base estabelece
o que deve ser ensinado nas redes de ensino públicas e particulares. Grupo
promoverá debates sobre o tema.
Um
comitê especial anunciado nesta sexta-feira (23) irá acompanhar a implementação
da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) nas escolas e redes de ensino. O objetivo é que o
grupo de profissionais proponha debates, convide especialistas para discussões
e oriente ações do governo até 31 de dezembro de 2020. A informação foi
publicada no Diário Oficial da União.
A
base é o documento que estabelecerá os conteúdos a serem ensinados nas escolas
públicas e particulares brasileiras. A versão para a educação infantil e para o
ensino fundamental foi aprovada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE)em dezembro de 2017. Já as diretrizes relativas ao
ensino médio ainda serão avaliadas pelo órgão.
De
acordo com a portaria publicada nesta sexta, o chamado Comitê Nacional de
Implementação da Base Nacional Comum Curricular será formado por membros
titulares do Ministério da Educação (MEC), do Conselho Nacional de Secretários
de Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação
(Undime). Eles não serão remunerados para essa atividade.
As
reuniões, a princípio, serão semestrais - a não ser em casos extraordinários.
Todas as resoluções do comitê precisarão ser assinadas pelo secretário da
Secretaria de Educação Básica (SEB) - presidente do grupo - e publicadas por
meio de ata.
Competências gerais da Base
A
seguir, veja as competências gerais previstas da Base:
1.
Valorizar e utilizar os conhecimentos
historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital
para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a
construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
2.
Exercitar a curiosidade intelectual e
recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a
reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar
causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar
soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das iferentes
áreas.
3.
Desenvolver o senso estético para
reconhecer, valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais,
das locais às mundiais, e também para participar de práticas diversificadas da
produção artístico cultural.
4.
Utilizar diferentes linguagens – verbal
(oral ou visual motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e
digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e
científica para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e
sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.
5.
Compreender, utilizar e criar tecnologias
digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva
e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se
comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver
problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
6.
Valorizar a diversidade de saberes e
vivências culturais e apropriar se de conhecimentos e experiências que lhe
possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer
escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com
liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7.
Argumentar com base em fatos, dados e
informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de
vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a
consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e
global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros
e do planeta.
8.
Conhecer se, apreciar se e cuidar de sua
saúde física e emocional, compreendendo se na diversidade humana e reconhecendo
suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
9.
Exercer a empatia, o diálogo, a resolução
de conflitos e a cooperação, fazendo se respeitar e promovendo o respeito ao
outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de
indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e
potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
10.
Agir pessoal e coletivamente com
autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando
decisões, com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis
e solidários.
Fonte: G1